União Brasil e Progressistas (PP) finalizaram nesta quarta-feira (23) o acordo para oficializar a federação entre os dois partidos. O anúncio público será feito na próxima terça-feira (29), às 15h. A união representa um movimento estratégico para as eleições de 2026 e consolida um novo bloco de peso no Congresso Nacional.
Com a federação, as siglas passam a contar com 108 deputados federais, formando a maior bancada da Câmara dos Deputados. No Senado, o agrupamento se torna a terceira maior força, com 12 parlamentares. A federação terá uma duração mínima obrigatória de quatro anos, funcionando como um só partido no Congresso.
Impasses locais superados
Nas últimas semanas, dirigentes das duas legendas avançaram nas tratativas para resolver entraves regionais que dificultavam a união. Com os conflitos locais encaminhados, a federação foi selada com apoio das cúpulas nacionais, lideradas por Antonio Rueda (União) e Ciro Nogueira (PP). A articulação é também um reflexo do novo xadrez político montado de olho na sucessão presidencial.
Efeitos eleitorais
Com a federação, União Brasil e PP garantem uma grande fatia do fundo eleitoral e o maior tempo de televisão para a propaganda partidária em 2026 — ativos valiosos na corrida eleitoral. A expectativa é que o bloco seja decisivo nas articulações para a formação de chapas majoritárias, tanto em nível federal quanto estadual.
Impacto no Paraná
No Paraná, a federação pode ter efeitos diretos sobre as articulações para o governo e Senado. Nomes como Sérgio Moro (União) e Ricardo Barros (PP) passam a fazer parte de um mesmo grupo político, o que pode indicar a construção de uma chapa competitiva para as eleições estaduais de 2026. Além disso, lideranças como o governador Ratinho Junior, filiado ao PSD, observam com atenção os desdobramentos dessa nova aliança, que pode influenciar composições futuras.
A federação também impacta a política interna das duas siglas no estado, que agora precisarão alinhar estratégias, candidaturas e discursos. A estrutura conjunta poderá reforçar as chapas proporcionais e aumentar o número de parlamentares eleitos em 2026.
O que vem pela frente?
A formalização da federação entre União e PP altera o tabuleiro político nacional e abre espaço para novos arranjos eleitorais. Com poder de fogo no Congresso e capilaridade regional, o grupo deve ser protagonista nos próximos embates políticos. Ainda não foi divulgado quem será o porta-voz oficial da federação nem como será estruturada a coordenação partidária conjunta.
Na terça-feira, a cerimônia oficial deve marcar o início de um novo capítulo para as duas siglas — agora, fundidas em um só corpo político.