PSDB e Podemos aprovam fusão e abrem novo capítulo na política brasileira

Nova configuração partidária pode reposicionar forças para 2026
Após meses de tratativas, idas e vindas, o PSDB aprovou por unanimidade a proposta de fusão com o Podemos, encerrando uma longa negociação que movimentou os bastidores da política nacional. A decisão foi tomada nesta terça-feira (29), durante reunião da executiva nacional tucana, e marca o início de uma nova fase para os dois partidos — agora prestes a se tornarem uma só legenda.
Um novo mapa político para o centro
Com a união, PSDB e Podemos passam a formar um partido com capilaridade nacional expressiva e ganham fôlego para disputar protagonismo no centro político. A fusão também pode consolidar a nova legenda como uma das cinco maiores forças partidárias do país, com projeções que colocam a sigla em condição de receber um dos maiores orçamentos do fundo eleitoral e partidário em 2026.
Reestruturação e acenos para 2026
Em meio à crise que abalou o PSDB nos últimos anos, a fusão é vista como um movimento estratégico para reaglutinar quadros, manter relevância institucional e aumentar o poder de barganha nas eleições majoritárias. A nova configuração partidária surge como uma alternativa viável para nomes que buscam espaço fora da polarização entre Lula e o bolsonarismo.
Repercussões no Paraná
No Paraná, a fusão pode unir figuras de peso que antes caminhavam em lados opostos. De um lado, o ex-governador Beto Richa, liderança histórica do PSDB. Do outro, a jornalista e ex-candidata à prefeitura de Curitiba Cristina Graeml, hoje pré-candidata ao Senado pelo Podemos. A aliança entre ambos promete ser um teste de articulação política, já que Graeml fez duras críticas ao histórico político Beto durante a última eleição municipal.
Outro nome importante é o deputado estadual Denian Couto, presidente do Podemos no Paraná, que terá papel estratégico na articulação do novo partido no estado.
O que muda?
Além do impacto na eleição para o Senado, a fusão também pode garantir maior musculatura na disputa por cadeiras na Câmara dos Deputados. Juntos, os partidos somam atualmente apenas dois deputados federais, Beto Richa e Hauly, o que revela a necessidade de uma estratégia mais eficiente para aumentar a bancada.
Com a união aprovada, a nova legenda poderá fortalecer sua presença nos estados, reposicionar quadros históricos e apresentar candidaturas competitivas nas eleições de 2026 — inclusive com chance de participar diretamente de uma chapa presidencial, ou de governo nos estados-chave.