Se você acha que jogar lixo no lixo está sem graça, o vereador Renan Ceschin (Podemos) quer dar um ar esportivo à tarefa. Inspirado na dinâmica dos arremessos de basquete, ele apresentou na Câmara Municipal de Curitiba o projeto de lei que cria o programa Lixo na Cesta. A proposta? Instalar lixeiras públicas estilizadas como cestas de basquete para transformar o ato de descartar resíduos em um desafio divertido e (espera-se) mais eficaz.
Menos lixo nas ruas, mais pontos no placar ambiental
A lógica é simples: se é difícil convencer as pessoas a jogarem o lixo no lugar certo, por que não tornar isso mais interessante? A ideia é usar a gamificação – o famoso truque de deixar qualquer tarefa com cara de jogo – para estimular a população a fazer a coisa certa com o lixo. Em vez de só despejar a embalagem do salgadinho na lixeira mais próxima, você vai mirar, calcular o ângulo e torcer por um “lixo de três pontos”.
Cestinhas com tecnologia e parcerias
O projeto prevê a instalação das “cestas de lixo” em locais estratégicos como praças, terminais de ônibus e outros espaços de grande circulação. E tem mais: sensores de presença e leitores ópticos poderão registrar os “acertos”, incentivando ainda mais a brincadeira (quem sabe até com rankings entre bairros?).
A proposta também envolve parcerias com a iniciativa privada, ONGs e instituições de ensino. A manutenção e a coleta dos resíduos seriam realizadas por empresas contratadas via licitação, sob supervisão da Secretaria Municipal do Meio Ambiente.
Educação ambiental com mais arremessos e menos papelada
Nas escolas, a ideia é usar as cestas como ferramenta de educação ambiental. Com apoio de empresas e ONGs, o projeto busca conscientizar crianças e adolescentes sobre a importância da destinação correta dos resíduos — e, de quebra, treinar os pequenos para acertar na lixeira desde cedo.
Lixo na Cesta: projeto ainda precisa vencer as etapas burocráticas
Por enquanto, a proposta está em fase de análise pela Procuradoria Jurídica da Câmara. Se aprovada, seguirá para avaliação das comissões temáticas e, depois, para votação em plenário. Caso vire lei, a iniciativa entra em vigor na data de sua publicação no Diário Oficial.
Vale lembrar que esta não é a primeira tentativa de tornar as lixeiras de Curitiba mais criativas e eficientes. Projetos parecidos já passaram pela CMC, apresentados por ex-vereadores como Maria Letícia, Mestre Pop, Pedro Paulo e Roberto Hinça — mas todos foram arquivados.
Será que agora vai?
Combinando criatividade, educação e tecnologia, o Lixo na Cesta pode ser mais do que uma jogada ousada — pode ser a tacada certa para melhorar a relação dos curitibanos com o lixo urbano. Agora, só falta o apito final dos vereadores para o jogo começar.