Política

João Bettega (UB) tem pedido de cassação protocolado pelo MBL

João Bettega (UB) tem pedido de cassação protocolado pelo MBL
  • Publishedmaio 12, 2025

Movimento acusa vereador de prevaricação por omissão diante de denúncias de corrupção na Prefeitura

A crise entre o vereador João Bettega (União Brasil) e o Movimento Brasil Livre (MBL) chegou ao ápice nesta segunda-feira (12), com o protocolo de um pedido de cassação do mandato do parlamentar na Câmara Municipal de Curitiba. O MBL, organização à qual Bettega era filiado desde 2022, acusa o vereador de prevaricação por não denunciar supostos casos de corrupção envolvendo o ex-presidente do Instituto Municipal de Turismo, José Luiz Velloso.

A denúncia foi encaminhada à Mesa Diretora da Câmara, que agora tem até cinco dias úteis para analisar a admissibilidade do pedido, conforme o Regimento Interno. Caso os requisitos formais sejam cumpridos, a representação segue para análise do corregedor da Casa, vereador Sidnei Toaldo (PRD), que poderá instaurar processo investigativo.

O que está em jogo

O pedido de cassação protocolado pelo MBL ocorre após a divulgação de um áudio em que Bettega admite saber das irregularidades, mas diz que só traria o caso à tona se fosse “atacado politicamente”. No centro das acusações está a nomeação de Velloso, exonerado na última semana após vir à tona que ele foi condenado por improbidade administrativa quando era secretário de Saúde em Antonina (PR).

Além disso, o MBL critica o silêncio do parlamentar diante das denúncias de nepotismo no gabinete do vereador Eder Borges (PL), envolvendo o uso de estrutura pública por servidores com vínculos familiares e pessoais com o vereador.

Rompimento público com o MBL

Antes do pedido de cassação, o MBL já havia anunciado a expulsão de João Bettega do movimento. Todos os assessores ligados à organização pediram exoneração dos seus cargos na Câmara. Will Rocha, ex-chefe de gabinete do vereador e uma das vozes críticas dentro do grupo, confirmou que o jurídico do movimento estuda também judicializar o caso.

“A conduta do vereador, que preferiu o silêncio em nome de uma estratégia política pessoal, desrespeita os princípios de transparência, ética e combate à corrupção que orientam o MBL”, declarou Rocha em nota.

Próximos passos na Câmara

Agora, caberá à Mesa Diretora emitir um parecer sobre a admissibilidade do pedido. O Regimento Interno prevê que, se aceito, o caso será encaminhado ao corregedor para investigação. O prazo para conclusão do relatório é de até 30 dias após a publicação da portaria no Diário Oficial.

Se forem identificados indícios de quebra de decoro parlamentar, a investigação pode resultar em penalidades que vão desde censura pública até a cassação do mandato.

Uma turbulência política em ano pré-eleitoral

O caso envolvendo João Bettega ocorre em um momento sensível para o União Brasil no Paraná. O partido passa por disputas internas e o episódio pode acirrar ainda mais os ânimos dentro da legenda. Bettega, que despontava como um jovem quadro promissor da direita curitibana, vê seu mandato agora ameaçado por um movimento que até recentemente era um de seus principais apoiadores.

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CWBuzz

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