Polêmicas, sindicâncias e poucas leis: um mês perdido na Câmara de Curitiba!?
Política

Polêmicas, sindicâncias e poucas leis: um mês perdido na Câmara de Curitiba!?

  • Publishedmarço 10, 2025

O primeiro mês de sessões da Câmara Municipal de Curitiba chega ao fim, e o saldo é, no mínimo, questionável. Com 12 sessões realizadas, os vereadores conseguiram aprovar apenas cinco projetos de lei, dos quais dois foram para nomeação de logradouros públicos. Enquanto isso, as discussões mais acaloradas giraram em torno de moções de apoio e repúdio, temas de pouca relevância prática para a cidade. Será que a Câmara perdeu o foco do que realmente importa para os curitibanos?

Pouco trabalho, muitas polêmicas

Das 12 sessões realizadas, três não tiveram votação de projetos – sendo uma destinada à instauração do ano legislativo e outras duas para prestação de contas das secretarias de Finanças e Saúde. Na prática, isso significa que os vereadores tiveram nove sessões para trabalhar… mas os números mostram que o rendimento foi abaixo do esperado.

Os poucos projetos aprovados incluem:

– Regras para aprovação de projetos e licenciamento de obras – (Leonidas Dias e Nori Seto);

– Declaração de utilidade pública para a Associação de Amigos e Moradores Crescer Região Norte – (Leonidas Dias);

– Mudança na lei sobre eventos de grande porte – (Pier Petruzziello);

– Nomeação de logradouros públicos – (Noemia Rocha, João da 5 Irmãos e Toninho da Farmácia).

Se a cidade esperava avanços em políticas urbanas, transporte, saúde ou educação, ficou só na esperança.

Pautas ideológicas e desvio de foco

Se os projetos aprovados foram poucos, a produção de moções seguiu a todo vapor. O plenário dedicou tempo precioso para discutir:

 Moção de apoio a Donald Trump;  Moção de repúdio ao show da Anitta;  Moção de repúdio ao MC Oruam.

Diante de enchentes, transporte público caro e infraestrutura precária, é isso que a Câmara considerou prioridade? Enquanto a cidade enfrenta desafios reais, os vereadores escolheram usar a tribuna para travar batalhas culturais que pouco (ou nada) impactam a vida do cidadão curitibano.

Escândalos e sindicâncias: a nova marca da Câmara?

Além da baixa produtividade, o primeiro mês também foi marcado por três vereadores denunciados no Conselho de Ética por suposta quebra de decoro parlamentar. Os alvos de sindicâncias são:

 Guilherme Kilter (Novo);  Professora Angela (PSOL);  João Bettega (União Brasil).

Os processos estão apenas começando, mas já adicionam mais um capítulo à série de polêmicas que tomaram conta da Casa.

O que esperar dos próximos meses?

Se fevereiro foi um mês marcado por embates ideológicos, moções e escândalos, o que vem pela frente? A Câmara tem a responsabilidade de legislar para Curitiba, fiscalizar o Executivo e garantir que as demandas reais da população sejam debatidas. O que se viu até agora, no entanto, foi um legislativo distante da cidade e mais preocupado com discussões de internet do que com projetos concretos.

O desafio está lançado: será que os vereadores mudarão de postura e começarão a focar no que realmente importa? Ou Curitiba seguirá refém de um debate político que pouco entrega para o dia a dia da população?

A cidade precisa de soluções, não de discursos vazios.

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CWBuzz

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