O presidente Luiz Inácio Lula da Silva oficializou a escolha da deputada federal Gleisi Hoffmann para a Secretaria de Relações Institucionais (SRI). A decisão faz parte de uma movimentação estratégica do governo, que busca fortalecer sua articulação política no Congresso Nacional e ampliar sua base aliada visando às eleições de 2026.
O papel da Secretaria de Relações Institucionais
A pasta é responsável por coordenar a relação do governo federal com o Legislativo e demais entes federados, sendo fundamental para garantir a governabilidade e a tramitação de projetos prioritários do Executivo. Gleisi substituirá Alexandre Padilha, que assumirá o Ministério da Saúde no lugar de Nísia Trindade, em uma recente reformulação ministerial promovida por Lula.
Com essa mudança, o governo busca aprimorar sua estratégia política e assegurar maior controle sobre sua base parlamentar, especialmente diante dos desafios enfrentados na relação com o Congresso.
Experiência e trajetória de Gleisi Hoffmann
Gleisi Hoffmann é uma figura de grande influência no PT e na política nacional. Antes de assumir a SRI, atuava como presidente nacional do partido, posição que ocupava desde 2017. Sua trajetória inclui:
- Ministra-chefe da Casa Civil no governo Dilma Rousseff (2011-2014);
- Senadora pelo Paraná (2011-2019);
- Deputada federal pelo Paraná desde 2019;
- Secretária estadual e municipal em diferentes períodos;
- Diretora financeira da Itaipu Binacional.
Sua experiência política e conhecimento das articulações de bastidores fazem de Gleisi um nome estratégico para ocupar essa função.
O objetivo: fortalecer alianças para 2026
Em entrevista recente, Gleisi destacou que sua missão no governo é fortalecer a articulação política, ampliar a base aliada e formar alianças estratégicas para a reeleição de Lula. Ela enfatizou que sua função não é tratar de temas econômicos, mas sim garantir acordos e pacificar as relações políticas, buscando maior estabilidade no governo.
Além disso, seu papel será essencial para viabilizar a aprovação de projetos prioritários do Executivo, especialmente aqueles que enfrentam resistência na Câmara dos Deputados e no Senado.
Desafios e expectativas
A posse de Gleisi Hoffmann está prevista para 10 de março de 2025. Entre os principais desafios que ela enfrentará na Secretaria de Relações Institucionais, destacam-se:
- Construção de uma base sólida no Congresso, em meio à fragmentação partidária;
- Negociação de pautas prioritárias para o governo, lidando com pressões da oposição e do Centrão;
- Redução de tensões políticas dentro e fora do PT, garantindo maior alinhamento entre diferentes correntes ideológicas;
- Preparo da estrutura política para a corrida eleitoral de 2026, em um cenário de polarização crescente.
Governabilidade em jogo
A nomeação de Gleisi Hoffmann marca um movimento estratégico do governo Lula para consolidar sua governabilidade e garantir força política rumo a 2026. Sua experiência e capacidade de articulação serão testadas nos próximos meses, à medida que o governo enfrenta desafios legislativos e busca consolidar sua influência no cenário político nacional.
A pergunta que fica é: Gleisi conseguirá unir forças e garantir a estabilidade necessária para os próximos anos? O tabuleiro político segue em constante movimento.